sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Stand Up Paddle em água doce - Parte III: perfil André Torelly

André Torelly em busca de mais um novo pico para River SUP. Foto: aquivo pessoal

Pioneiro do SUP em corredeiras, o gaúcho André Torelly é hoje a maior referência do Brasil no assunto e até já gravou um quadro para o programa Zona de Impacto, do canal de TV a cabo Sportv, descendo corredeiras na cidade de Feliz, RS. Criador da federação gaúcha de Stand Up Paddle, André também é shaper, instrutor e competidor de SUP Surf e race, conquistando uma série de resultados expressivos. Praticante desde 2006, ele se dedica há alguns anos a explorar as corredeiras de seu estado. Não se tem notícia, ainda, de outro praticante no Brasil com a experiência dele quando o assunto é descer uma corredeira de SUP. Parte desse número ainda reduzido de adeptos ele acredita que se deve à falta de conhecimento sobre o que é o SUP em corredeiras e, também, ao grau de dificuldade da modalidade: “realmente é um esporte pouco explorado e divulgado, pois as atenções vão para as modalidades de SUP surf e remada em lugares lisos como forma de condicionamento físico”, comenta.



Corredeira de Feliz, sua pista de testes. foto: sportv.com
Além disso, a falta de equipamento adequado para corredeiras é outro entrave que precisa ser superado. É necessário que mais pessoas pratiquem para que mais se invista em equipamentos, pois nem todos têm condições de importar uma prancha inflável. André sabe disso e vem desenvolvendo alguns modelos de pranchas mais resistentes para quem quer encarar as corredeiras de SUP: “desenvolvo pranchas de SUP há três anos e criei um modelo convencional para descer corredeiras, com uma laminação mais reforçada e quilhas menores, porém, a prancha acaba recebendo talhos devido aos impactos nas pedras. Uso mais para uso pessoal, e para alguns clientes que me pedem para corredeiras mais lights que temos por aqui, nas corredeiras de Feliz, no rio Caí, onde fiz a matéria para o (programa) Zona de Impacto da Sportv”, diz.


A corredeira do rio Caí tem sido a pista de testes para André. Segundo ele, o lugar é ideal para quem quer começar a se aventurar nessa modalidade de SUP e, também, para quem já está em um nível mais avançado, pois o lugar tem seus dias de “faixa preta”: “é uma corredeira para iniciantes, bem light, porém, tem dias em que, depois das chuvas, ela fica alucinante, com bastante velocidade. E tem também a de Três Coroas, que exige muita experiência e todo suporte de segurança. É um lugar que o pessoal desce muito de rafting e é sem dúvida um grande potencial de SUP em corredeiras a ser explorado”.

Bons resultados também nas outras categorias. Arq. pessoal
Aos interessados, André recomenda cautela. Antes de começar nessa modalidade é importante que o ‘SUPer’ tenha experiência com a prancha, pois o equilíbrio é muito exigido: “é necessário ter experiência no SUP e, se possível, fazer algumas aulas, pois o SUP em corredeiras, posso dizer, é o mais difícil. Sou praticante de todas modalidades e, na minha opinião, essa é a única modalidade que realmente exige muito cuidado e atenção, pois acidentes são normais”, alerta.

Para quem está pensando em se aventurar de SUP em uma corredeira e deseja mais informações ou fazer uma aula com o André, pode entrar em contato ele pelo blog de sua escola de SUP, a FGSUP,  pelo site de sua marca de pranchas, a Wolv Stand Up Paddle ou pelo fone 51-84906555.


- Confira a primeira parte da série sobre SUP em água doce

- Confira a segunda parte da série sobre SUP em água doce



Serviço: "River SUP" – o primeiro DVD do gênero.





A C4waterman desenvolveu o primeiro DVD totalmente dedicado ao River SUP. A produção é uma parceria entre a C4, Charlie MacArthur e Paul Tefft da EnviroAction Productions. O filme mescla dicas para iniciantes e cenas de ação por rios de corredeiras dos EUA.  Confira aqui mais informações sobre o DVD de River SUP.

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