quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FELIZ 2011!!!!


Desejamos a todos os amigos do Sup Club um 2011 com muita saúde, repleto de realizações, felicidade e claro... com muito Stand Up Paddle!!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sesc Santos promoverá aula gratuita de SUP no verão 2011

Sede do Sesc em Santos, litoral de SP
O Stand Up Paddle segue crescendo em todo país e agora chega ao Sesc, uma das maiores instituições brasileiras, sem fins lucrativos, voltadas ao bem-estar social, lazer e cultura. Em janeiro, a unidade de Santos, litoral de SP, promoverá a primeira aula do esporte promovida pela instituição.

É mais uma prova do potencial de crescimento do SUP e uma ótima oportunidade para aqueles que ainda não são praticantes, experimentarem o esporte. Além disso, uma excelente forma de divulgação a uma gama ampla e variada de público que se hospeda nas cidades litorâneas durante o verão e teve pouco ou nenhum contato com o SUP.

A aula inaugural será realizada dia 09/01, domingo, às 16h30 e será ministrada na piscina do clube, com toda infra estrutura de que o Sesc dispõe. A aula será gratuita, porém, restrita aos usuários matriculados no Sesc, que devem estar com o exame médico em dia.

Maiores informações pelo telefone: 13 3278 9800

Visite a página do Sesc Santos clicando aqui.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Artigo do NY Times sobre Gerry Lopez e SUP em rios é destaque no portal IG.

Gerry Lopez remando tranquilamente em rio no estado de Oregon, EUA.  Foto: sites IG/NY Times

O portal IG disponibilizou, através de seu canal "jovem IG", uma sínteze traduzida para o português da excelente matéria feita pelo jornal The New York Times, publicada em julho desse ano, sobre o mito Gerry Lopez e sua relação com a prática do SUP em rios, adotada por ele desde que se mudou com a família para a pacata cidade de Bend, no estado norte-americano de Oregon, a quatro horas de carro da onda mais próxima. 

Conheça mais sobre essa lenda viva do esporte e seus projetos atuais, entre eles o SUP, clicando nos links abaixo.

Confira a matéria do IG clicando aqui.

Confira a matéria do NY Times (em inglês) clicando aqui.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Alma Surf divulga fotos do "SUP Surfing Bintang for Richards2010", em Buzios

Ian Vaz - foto: almasurf.com.br

A revista Alma Surf, através de seu site, divulgou matéria e fotos sobre o "Stand Up Paddle Surfing Bintang for Richards 2010", festival de SUP - surf e race – organizado pelas marcas Bitang e Richards, em meados de Dezembro, na belíssima praia de Geribá, Buzios, RJ.


Fonte: Alma Surf 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

SUP DOC: Estudo mostra quais são as lesões mais comuns em praticantes de SUP

Lesões de ombro são as mais comuns, de acordo com estudo


Stand Up Paddle é o tipo de esporte em que a gente fica viciado muito facilmente. A facilidade de aprendizado e o prazer proporcionado pela prática fazem com que o SUP seja um dos esportes que mais crescem no mundo em número de praticantes. Essa nova paixão leva pessoas que até pouco tempo não tinham o hábito de praticar esportes continuamente a submeter-se, de uma hora para outra, a uma grande carga de exercícios. A consequência inevitável disso é o surgimento de lesões, que em alguns casos podem se tornar graves. Por isso é importante saber que tipo de lesões são mais comuns de maneira a evitá-las com maior eficiência, seja melhorando a técnica, fazendo um trabalho paralelo de fortalecimento muscular ou dosando a carga horária de prática.
 
Entretanto, por ser um esporte relativamente novo, ainda há pouca informação sobre os maiores danos causados pela prática incorreta do SUP. Mesmo no Hawaii, que talvez seja o lugar onde a popularidade do SUP atinge os níveis mais elevados no mundo, ainda há pouco estudo acerca de lesões suscetíveis ao esporte. Tal fato levou uma ávida praticante de Stand Up Paddle, a Dra. Chelsea Walker, médica e pesquisadora da mais conceituada universidade havaiana de medicina, a John A. Burns School of Medicine, a fazer um levantamento sobre as lesões mais comuns em praticantes de SUP. Foram avaliados 88 praticantes, dos quais mais da metade apresentava algum tipo de lesão, sendo a de ombro a mais comum.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

SUP chega às academias de ginástica

Foto: g1.globo.com
Aulas de Stand Up Paddle em academias de ginástica foram apontadas como uma das maiores tendências para este verão, de acordo com  matéria publicada hoje no site de notícias G1. 

De acordo com a reportagem, no Rio de Janeiro, o esporte já ganhou as academias com aulas ministradas em piscinas e vem atraindo muitos alunos que tem interesse no esporte, mas não se sentiam confortáveis em aprender no mar por nunca terem surfado antes. 



Clique aqui e leia a matéria no site da G1.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Perfil: Kai Lenny, campeão mundial de SUP Surf



Semana passada o mundo conheceu o primeiro campeão mundial de Stand Up Paddle Surf, seu nome: Kai Lenny. Um jovem havaiano de 18 anos que, pouco a pouco, vai se consolidando como representante de uma linhagem de grandes watermen havaianos, que tem em Duke Kahanamoku seu maior expoente. Verdadeiros embaixadores do espírito Aloha, elegantes tanto dentro quanto fora da água.



domingo, 19 de dezembro de 2010

Rodrigo Resende e o drop 'kamikaze' de SUP em cachoeira de 9 metros


Para quem não ficou sabendo, o big rider carioca Rodrigo Resende, campeão mundial de tow-in em 2002, em companhia  do canoista Pedro Oliva, recentemente realizaram uma expedição ao Mato Grosso para explorar rios e cachoeiras com potencial para rafiting de caiaque e SUP e gravar um quadro para o programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, chamado Esporte Extremo, que foi ao ar novembro passado.

O ponto alto da barca foi quando Rodrigo, devidamente equipado, remando em um SUP modelo 'soft', fez um drop 'kamikaze' do alto de uma cachoeira de nove metros conhecida como Juba Zero. Feito comum para o caiaque de rafting mas inédito para o SUP.

O 'Monster', como também é conhecido, não conseguiu completar o drop, mas merece o crédito pela atitude e pioneirismo. Realmente Stand Up Paddle é um esporte com muito potencial a ser explorado. 

O vídeo do drop pode ser conferido logo abaixo:



Fonte: globoesporte.com

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Stand Up World Tour: Leco fica em terceiro na etapa e Kai Lenny é campeão do mundo

Leco Salazar: terceiro lugar na etapa e forte candidato ao título em 2011. Foto William Ing





Kai Lenny vence a última etapa do Stand Up World Tour, a "Hawaii Island Finals", em Honoli'i, Big Island, Hawaii, e é o primeiro Campeão do Mundo de Stand Up Paddle Surf.


Kai Lenny: um enorme potencial. Foto W. Ing
O Jovem local de Maui, de 18 anos, apontado como uma das maiores promessas mundiais nos "board-watersports", usou todo seu conhecimento havaiano para conseguir se posicionar e escolher as melhores ondas nas dificeis condições de mar que rolaram durante a final. Sua estratégia funciou muito bem e logo no início da bateria, Kai conseguiu duas ondas excelentes, manobrando com total domínio do remo e muita fluidez, arrancando dois 'high scores' dos juizes e colocando seus adversários em uma situação difícil.

Antonie Delpero. Foto William Ing
Antoine Delpero e Leco Salazar ainda tentaram uma reação, mas não conseguiram encontrar ondas boas o suficiente para uma virada. O mar estava difícil e o fato de competir contra um havaino que, apesar da pouca idade, já é muito popular nas ilhas, tornou a tardefa ainda mais complicada. É fato que além disso, Kai surfou muito e não queria ver ninguém carimbar sua faixa de campão do mundo. Fim de bateria e o jovem 'local hero' levantou o caneco para o delírio de sua família e de seus amigos que fizeram uma grande festa em Honoli'i.


Hawaii Island Finals - bateria final:

1º. Kai Lenny, 14 pnts
2º. Antoine Delpero, 12.75 pnts
3º. Leco Salazar, 12.25 pnts
4º. Ikaika Kalama, 9.20 pnts

Brasileiros em 2011 Leco, que em 2010 competiu em apenas duas etapas, teve uma média excelente (1º lugar no Brasil e, agora, 3º nessa etapa) e já vinha impressionando a todos durante os treinos e baterias. Nessa etapa, ele passou praticamente todas as baterias em primeiro e sua radicalidade e versatilidade de manobras foram assunto em muitos fóruns online de SUP mundo afora durante a semana. O seu enorme talento que já é bem conhecido no Brasil, vai ganhando o mundo. Em 2011, o santista correrá todas as etapas do circuito e é fortíssimo candidato ao título.

Takeo: foco no Hawaii
Alexandre "Magrinho" Takeo, surfou com muita radicalidade, porém, nas quartas, caiu na mesma bateria que Kai Lenny e Antoine Delpero, não conseguindo supera-los. Em entrevista concedida ao blog (clique aqui) pouco antes de embarcar, Magrinho confirmou que participará de todas as etapas em 2011. Atleta focado, ele ficará os próximos quatro meses no Hawaii, treinando SUP e Kitesurf (esporte em que também é competidor profissional). Acreditamos em uma inevitável evolução de seu surf, que irá ajuda-lo sobretudo nas etapas de Sunset e teahupoo.

C.Bahia: exemplo do potencial brasileiro
Além disso, fazemos votos para que outros atletas brasileiros encontrem apoio e possam correr o circuito no próximo ano.

A lista é enorme e atletas como Carlos Bahia, Roberto Vieira, Renato Wanderley, Luis Saraiva, Kauli Seadi, Fabiano Tissot, Ian Vaz, Jaime Rocha, César Augusto, Jefferson Comaru, entre outros, são nomes que podem representar o Brasil de maneira impactante em 2011 se tiverem apoio e disposição para correr o mundial.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Stand Up World Tour: Leco e Takeo avançam para a próxima fase do mundial de SUP


Leco passou em primeiro
Os brasileiros Leco Salazar e Takeo "Magrinho" passaram suas baterias e avançam para a próxima fase do Stand Up World Tour, realizada em Hilo Bay, Big Island, Hawaii.
Magrinho também avança

Leco mandou muito bem passando em primeiro lugar deixando em segundo o concorrente ao título Peyo Lizarazu.

Alexandre "Magrinho" Takeo também mandou muito bem e agora tem uma pedreira pela frente pois enfrentará Kai Lenny.

Encerrada essa fase, os organizadores vão analisar as condições do mar para decidir o melhor momento para iniciar as quartas de final.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Stand Up World Tour - Evento principal começará na quarta

Honoli'i Beach, Hawaii

O tão aguardado swell deve atingir costa de Big Island, Hawaii, na madrugada de terça para quarta-feira. Há uma grande expectativa por parte dos organizadores e atletas, já que a direção do swell, ENE, é ideal para a praia de Honoli'i (Hilo Bay) onde será realizado o evento principal da última etapa do Stand Up World Tour.

Os atletas aproveitam o dia de hoje para testar suas pranchas nas pequenas, porém, divertidas ondas que quebram em Honoli'i. Na primeira queda os destaques foram Kai Lenny, Antoine Delpero, Lizarazu Peyo e Leco Salazar, que impressionaram pela velocidade e fluxo de suas manobras, sempre usando os remos com total controle.

A primeira chamada está marcada para a manhã de quarta-feira, a partir das 8h (horário de Honolulu) 15/12, após confirmação dos organizadores.

Takeo Magrinho estreia na segunda e Leco na última bateria da segunda fase do evento principal



Site oficial do evento: http://www.standupworldtour.com

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Stand Up World Tour Trials concluído


O havaiano Kolaiah Jardine foi o grande vendecedor do "The Hulakai Trials" fase classificatória para a última etapa do evento principal do Stand Up World Tour, que acontece na praia de Hilo Bay, em Big Island, Hawaii. Além dele, classificaram-se os oito primeiros colocados.

Em boas e divertidas ondas entre 2 e 3 pés, o trials foi uma verdadeira batalha de gerações, com destaque especial para os gromets havaianos (todos com idade inferior a 15 anos) Ulu Boy Napeahi, Mo Freitas e Bern'd Roedigger, que deram muito trabalho a seus adversários. Bern'd Roedigger foi quem mais avançou, ficando com a terceira colocação. Além dos garotos, as atletas Candice Appelby, Manu Napeahi e Donica Shouse, competiram entre o homens e apesar de não se classificarem para o evento principal, fizeram uma bela apresentação dando muito trabalho aos marmanjos.

Representando o Brasil no trials, o santista Marcelo Lins "bateu na trave" e caiu nas quartas de final, não se classificando para o evento principal.

A organização do evento decidiu adiar o início da competição para terça feira, 14/12, quando há previsão de um bom swell. O Brasil segue no evento representado por Leco Salazar e Alexandre Takeo, que entram direto nessa fase.

Site oficial do evento: http://www.standupworldtour.com

domingo, 12 de dezembro de 2010

Três santistas representam o Brasil na última etapa do Stand Up World Tour



A última etapa do circuito mundial de Stand Up, realizada em Hilo Bay, Na Big Island, Hawaii, começou na última sexta-feira, 10 de dezembro, com uma tradicional cerimônia de abertura, com o propósito de fazer com que os atletas tenham a oportunidade de refletir sobre o que os trouxe para a Ilha e participar deste momento especial.

A cidade de Santos, litoral de São Paulo, será representada por três atletas: Marcelo Lins, Leco Salazar e Alexandre Takeo (Takeo é santista, mas mora há cinco anos em Ibiraquera, litoral de Santa Catarina, e portanto, também representa essa comunidade muito especial para os ‘watersports’ no Brasil e no mundo).

Marcelo Lins, tradicional competidor de provas de 'race' (corrida de SUP), dessa vez correrá na SUP surfe, participando da terceira bateria do primeiro dia do trials, enquanto Leco e Takeo entrarão direto no evento pricipal.

Haverá, também, uma prova de race aberta a todos, idealizada como oportunidade de integração entre a comunidade local e os competidores. O percurso será de três quilômetros, nas classes 14 'e 12'6 ".


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Dica de Leitura: A Onda - Em busca das gigantes do oceano, de Susan Casey


Uma ótima dica de leitura para o final de ano é o livro “A Onda – Em busca das gigantes do oceano”, de Susan Casey, recém-lançado no Brasil pela editora Zahar.

De leitura agradável e narrado em ritmo eletrizante, o livro é um estudo sério sobre ondas gigantes e os efeitos do aquecimento global em sua formação feito através da convivência da autora com três tribos que, cada qual a seu modo, se empenham em enfrentar e estudar esses monstros do mar: surfistas, capitães de barcos e cientistas.

Há relatos assustadores como o de um pesquisador que sobreviveu a uma tempestade horrível no Mar do Norte, próximo à Escócia, a bordo do RRS Discovery, um navio de pesquisa que registrou e foi atingido, nesse episódio, por ondas com mais de 30 metros (aproximadamente 100 pés).  Poucos tiveram a chance de voltar para contar uma história como essa. Na última década aproximadamente 600 pessoas a bordo de 130 navios desapareçam por conta de ondas dessa magnitude.

Laird Hamilton é o personagem central do livro
Surfistas são o grande destaque do livro e prestam um grande serviço à autora. Sobre sua experiência, Casey disse que “cientistas sabem teoria, mas muitos admitem ficar enjoados no mar. Surfistas são os mais entendidos de ondas grandes. Eles estão lá, experimentando a força do oceano. E também entendem da parte teórica”. Laird Hamilton, aliás, é o persogem central do livro e é idolatrado pela escritora, mas há participação de outros big riders também, como a brasileira Maya Gabeira.

A Onda é uma ótima pedida para quem quer saber um pouco mais sobre o funciomaneto do oceano, seus perigos e seus personagens. O único “problema” é se, após ler o livro, bater aquela vontade de dropar as grandes em pleno flat de verão! Ainda bem que quem pratica SUP se diverte em qualquer condição de mar, rio ou lagoa!

Serviço:

A onda - Em busca das gigantes do oceano
Autora: Susan Casey 
Editora: Zahar
Site: http://www.zahar.com.br/catalogo_detalhe.asp?id=1373

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Raízes do SUP parte III - O resgate do marco zero do SUP brasileiro

Osmar Gonlçaves remando em seu SUP, em Santos, no final da década de 30, antes, portanto, de os beachboys havaianos criarem o esporte (foto: arquivo Osmar Gonçalves gentilmente fornecida por http://surfinsantoss.blogspot.com/)


O Stand Up Paddle no Brasil começou no início dos anos 2000, quando alguns brasileiros, após presenciar o esporte renascer no Hawaii, passaram a praticá-lo em praias brasileiras, certo? Não exatamente. Na verdade, há uma história de pioneirismo que começa a ser revelada agora com a popularização do esporte.

Tudo começou em 1939, há 71 anos. Nessa época, a capital do país era o Rio de Janeiro, a camisa da seleção brasileira de futebol ainda não tinha nenhuma estrela e nem Pelé era nascido. Era verão na cidade de Santos, litoral de São Paulo e dois jovens pioneiros do surf brasileiro, Osmar Gonçalves e Jua Hafers, cansados dos intermináveis dias de flat do verão santista e loucos para aproveitar ao máximo a sensação de liberdade e conexão com o oceano que o surf lhes despertara, tiveram a idéia de usar remos em suas pranchas para manter o preparo físico e treinar o equilíbro. A partir de então criaram o marco zero do Stand Up Paddle brasileiro e passaram a praticar um esporte que só iria ser "criado" alguns anos mais tarde, no Hawaii.

Jua e Osmar em Santos, anos 40.
As pranchas usadas por Osmar e Jua, conhecidas como “holow”, eram pranchas enormes, tinham em torno de 3,90 metros e pesavam cerca de 80 quilos. Foram construídas pelos próprios a partir de um projeto publicado em uma revista americana chamada "Popular Mechanics" que ensinava passo a passo como construir o modelo de prancha criada pelo norte-americano Tom Blake, em 1926. Não eram exatamente pranchas fáceis de serem conduzidas. A remada e o posicionamento eram bem difíceis e Osmar logo percebeu que um remo poderia ser bastante útil, mas, por hora, vamos nos concentrar na prancha.

Há duas versões para a origem da revista: a de que ela teria sido trazida pelo pai de Osmar, após uma viagem aos EUA e a de que ela teria sido um presente de Thomas Rittscher.

  
Thomas Rittscher surfando em 1936
Norte-americano naturalizado brasileiro e radicado na cidade de Santos desde criança, Rittscher foi o primeiro surfista do Brasil. De acordo com entrevista concedida à revista Trip, edição 94/ outubro 2001, Thomas afirmou que construiu sua prancha e alguns anos mais tarde ajudou o amigo João Roberto Haffers, o Jua, a construir, juntamente com Osmar, outra prancha.

Entretanto, ao contrário de Osmar, não há indícios de que Thomas tenha usado remos e praticado o que viria a ser conhecido como Stand Up Paddle. Ele começou a surfar juntamente com sua irmã, Margot Rittscher, aproximadamente em 1936, mas logo no início da Segunda Guerra, foi obrigado a apresentar-se ao consulado americano e, em seguida, se mudou para o Rio de Janeiro onde adotou a vela como hobby. Já os amigos Jua e Osmar passaram a surfar cada vez mais em Santos.

Osmar e o primeiro remo usado para SUP no Brasil de que se tem notícia
Naquela época, esportes náuticos, como o remo, eram muito populares na cidade e Osmar, fascinado pelo surf e pelo contato com o mar, passou a usar um remo como forma de aproveitar sua prancha nos dias de flat. Logo, já estava remando de pé e percebeu que o remo poderia ajuda-lo a conduzir a prancha nas ondas. 

De acordo com matéria publicada no site SurfinSantos, que em 2009 entrevistou a viúva de Osmar (falecido em 1999), Sra. Maria Aparecida, para a realização do documentário "Santos Surf City", Osmar tinha o hábito de usar o remo também no surf. Aliás, além dos remos, a dupla também experimentou o uso de velas nas pranchas. Tal prática não foi o foco dessa matéria, mas merece ser pesquisada mais a fundo pelos amantes do windsurf, uma vez que os registros mais antigos sobre prancha a vela são do final da década de 50.

As aventuras de Osmar e Jua duraram cerca de sete anos no total. Jua, parou um pouco antes. Por conta da entrada do Brasil na Segunda Guerra, alistou-se como piloto na Força Aérea e fez a Campanha do Atlântico Sul, protegendo comboios de navios contra submarinos nazistas e depois mudou-se para São Paulo.  Osmar seguiu surfando e remando até aproximadamente 1946, quando se casou e foi morar no interior de São Paulo. Assim como Thomas, passou a adotar a vela como hobby. 

Poucos anos depois, em Waikiki, Hawaii, um grupo de instrutores de surf, conhecido como Waikiki beachboys, experimentava uma nova forma de usar suas pranchas aproveitando remos. Algo que Osmar e Juá já conheciam muito bem.

Nota do Blog:

Com a crescente popularidade do SUP acreditamos que novas descobertas de pioneirismo serão feitas. Entretanto, nos parece ser pouco provável a existência da prática de SUP, ou seja, pessoas se divertindo remando e/ou pegando ondas com uma prancha auxiliada por um remo, no Brasil, antes dos pioneiros da década de 30. Estamos atentos e agradecemos por toda e qualquer informação, de qualquer parte do Brasil, a respeito do início desse esporte que tanto nos fascina. Nosso e-mail para contato é: supclub@hotmail.com

Seguiremos pesquisando e já adiantamos que no momento estamos levantando informações a respeito de uma possível continuidade da prática do SUP em Santos logo após a "era Osmar/Juá", entre as décadas de 40/50, desenvolvida por remadores da cidade. 


Agradecimentos especiais para Felipe Santos e Camila Alvarez (site SurfinSantos), Diniz Iozzi "Pardhal", Herbert Passos Neto e Alessandro Lo Visco. 

Aloha!