segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Raízes do SUP parte II - Entrevista Herbert Passos Neto

Foto de 2005. Primeiro remo foi comprado em uma loja de pesca

Jornalista, especialista em esportes de prancha e atual presidente da Associação Santos de Surf, Herbert, que foi um dos pioneiros do esporte no Brasil  e a  primeira pessoa em Santos a praticar a versão moderna do Stand Up Paddle, conta um pouco sobre os primeiros anos de SUP Surf no Brasil e as dificuldades que encontrou para fazer prancha e remo de SUP quando ninguém sabia ao certo o que era isso.
Pesquisador da história do surf brasileiro, ele também revela que antes do surgimento do SUP moderno, nos anos 2000, Osmar Gonçalves e outros pioneiros do surf brasileiro, além de surfar, usavam remos em suas pranchas para remar de pé nos dias de flat na praia do Gonzaga, em Santos, no final da década de 30 . Fato que abre um precedente para que se reveja a história do esporte no Brasil. 


Sem muitos referenciais, as manobras saiam institivamente
SC- Qual foi o referencial em que você se baseou para fazer esse SUP? Já existia alguém usando SUP no Brasil? De onde surgiu a idéia?

HP - A idéia surgiu em 2004, quando resolvi fazer uma prancha bem grande para remar nos dias de flat, praticar tandem (duas pessoas na prancha) e experimentar o stand up, que já começava a aparecer em cenas de filmes e fotos de revistas, mas ainda não era difundido.

O stand up não era o principal objetivo, mas logo percebi o potencial da brincadeira quando aprendi a usar o remo.


Quase não havia referência. Quem já usava uma stand up era o big rider guarujaense Haroldo Ambrósio, que havia sido visto em Maresias com uma 11 pés, botando pra baixo em ondas de 2m.  Antes dele e de Jorge Pacelli, a única notícia de gente remando em pé era de Murilo Brandi, em Guarujá, há muitos anos atrás, com uma prancha gigante que ele tinha.

SC - E como foi a conversa com o Neco e o pessoal da Silver Surf? Como foi que vocês pensaram as medidas da prancha, material? 
 
HP - Fazer uma prancha de surf com 13 pés foi ao mesmo tempo um desafio e uma novidade para todos. Demorou mais de seis meses pra ficar pronta.

O shaper Neco Carbone me ajudou a definir as medidas, tomando como base os longboards clássicos de 12 pés que eu tanto admiro. Acabou ficando com 26,5 polegadas de largura e 5 de espessura.

Como não havia bloco, encomendei um kit especial da Keahana, mas o primeiro bloco ficou fino e acabou sendo usado como régua para Neco Carbone desenhar uma curva (em uma cartolina) para que fosse produzido um novo bloco com 3 longarinas. A sala dele não cabia a prancha e ele teve que shapear na sala da Silver Surf, onde foi feita a laminação.

A idéia era fazer uma prancha durável para compensar o preço, por isso pedi 3 tecidos em cima e 3 em baixo. Foi preciso dois laminadores (Adriano Teco e Fernando Mizi) trabalhando ao mesmo tempo.

 "A prancha demorou mais de seis meses para ficar pronta ... pesava quase 25Kg"  

SC - E os remos? como foi o processo até voc ê chegar a um "ponto ótimo"?

HP - Meu primeiro remo foi comprado em uma loja de pesca na Ponta da Praia. A pá era pequena, mas foi bom pra entender como funcionava na onda. O segundo remo foi um de caiaque. Arranquei uma das pás e adaptei uma empunhadeira com uma conexão de tubulação em "T". Funcionou melhor, mas afundou depois da primeira vaca. Perdi dois.

Como pouca referência, tudo era experimentação e continuei buscando informação, tanto aqui como em outras localidades. Cheguei a me corresponder bastante com Magno Matoso, de Florianópolis, que estava construindo pranchas de stand up na mesma época.

No Centro Náutico São Vicente consegui um modelo de pá de canoa olímpica que foi reproduzida em fibra pelo Diego da Evolution, adaptando um cabo grande pra eu remar em pé. Só depois ele fez um com pá de canoa havaiana.

Ambos funcionaram bem. Arrisco dizer que a pá de canoa olímpica era melhor pra "navegar" a prancha, que pesava quase 25kg e mais parecia uma embarcação.



Uma das primeiras pranchas específicas para  SUP quase pronta
SC  - agora conta como foi chegar no crowd remando de pé em 2005? 

HP - As reações foram as mais variadas. Uns não gostaram, pois eu entrava na onda bem mais no outside do que as longboards e realmente era perigoso se caísse e a prancha acertasse alguém, mas nunca aconteceu. Outros pediram para experimentar e acharam difícil se manter em pé.

Pra mim, que tinha sofrido uma lesão no menisco (parte da articulação do joelho) pouco antes da prancha ficar pronta, o stand up foi perfeito para fortalecer as pernas e retomar o condicionamento físico. Acabei gostando e fiquei mais de um ano surfando só de stand up.  A galera acabou acostumando, já que eu não era fominha.

Só quando começaram a aparecer as pranchas menores, um ano depois, feitas inicialmente pelo Fabio Chati, de Ubatuba, é que a modalidade começou a se popularizar. Inclusive foi ele que fez a primeira prancha do Picuruta e isso com certeza teve grande influência na disseminação do esporte.

Com o novo remo, usando uma pá de canoa olímpica adaptada a um cabo maior e mais à vontade com a prancha
 
SC – Agora, tem uma história, ou melhor, “pré-história”, do SUP brasileiro que a gente precisa levantar. Provavelmente você a conheça... O Osmar Gonçalves e sua turma de pioneiros do surf da década de 30/40 usavam remos para remar em pé quando não tinha onda, inclusive, lembro que há uns três anos fui na Surf Store e o Marcelo (empresário dono da Surf Store)me chamou pra ver umas fotos que um senhor estava mostrando. Eram da década de 40 (acho). Ele (o senhor) em cima de uma prancha gigante ‘a lá Thomas Rittcher’ usando um remo de madeira, em pé sobre a prancha.  

HP - A prancha que você citou provavelmente era um sondolin, um tipo de embarcação comum nos clubes nessa época. Era usada pra remar, pescar, fazer travessias e passeios pela baía. A julgar pelo formato, foram inspiradas pelo mesmo projeto da prancha do Thomas, que é uma "hollow", projeta por Tom Blake em 1926. O projeto dessa prancha foi publicado na Revista Popular Mechanics em 1937 e foi a partir dela que os nossos primeiros surfistas construíram suas pranchas. Além do surf, eles faziam vários experimentos, utilizando remo e até vela nas pranchas, como mostram algumas fotos.

Osmar Gonçalves: pioneiro também no SUP
"Não sei dizer a frequência, mas eles praticavam a remada em pé" (Sobre os pioneiros na década de 30, em Santos)

SC – E você tem alguma informação se eles remavam de pé regularmente? Porque isso colocaria o Brasil praticamente ao lado do Hawaii em termos de raízes do SUP...

HP – Não sei dizer a frequencia, mas eles praticavam a remada em pé, sentados e também deitados, mas neste último caso sem o remo. Na época a cultura de praia estava ganhando força e a existência das pranchas abriu novas possibilidades de diversão. Nessa era "pós Duke", Santos com certeza é uma das cidades que há mais tempo adotou as pranchas como parte do estilo de vida, seja para surfar, remar ou velejar.

SC - Para finalizar, você que viu o esporte nascer por aqui, acha que ele já atingiu a "maturidade" ou ainda tem muito para crescer? Como você vê o SUP nos próximos anos?

HP - Inicialmente houve uma tendência de reduzir o tamanho das pranchas para torna-las mais manobráveis e isso ajudou a atrair adeptos entre os surfistas. Agora, as pranchas de travessia atraem também os não surfistas.

Além de continuar evoluindo como esporte nas ondas e nas travessias, creio que o stand up vai se firmar com item integrante da cultura de praia, proporcionando diversão e saúde a pessoas de todas as idades.

Na parte III dessa série, você vai ficar sabendo um pouco mais sobre o Stand Up Paddle praticado em Santos no final da década de 30. Aguardem... em breve no SUP CLUB! 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Raízes do SUP parte I

Os Moches, peruanos da era pré-colombiana remavam ajoelhados e em pé sobre seus 'caballitos de totora' há séculos
O ato de remar em pé sobre uma pequena embarcação é uma prática adotada ao longo de séculos por diversas tribos e comunidades pesqueiras para se deslocar por áreas de difícil navegação, como pequenos córregos ou entre recifes, em busca de pescado. Entretanto, há relatos históricos sobre povos antigos que adotaram essa atividade de uma maneira recreativa, como os Moches, peruanos da era pré-colombiana que remavam ajoelhados e em pé sobre seus 'caballitos de totora'(uma espécie de 'surfboat' feita de junco) não só em busca de pescado mas também para se divertir correndo ondas. Alguns dos primeiros exploradores europeus às ilhas polinésias, como James Cook, fizeram anotações em seus diários de bordo a respeito de nativos remando de pé sobre uma espécie de canoa por entre as ondas. Ainda assim, fala-se sobre "pequenas embarcações" e não pranchas. Em ambos os casos, estamos falando de pré-história do SUP. 

John Zapotocky: lenda viva do SUP
O Stand Up Paddle como conhecemos hoje, começou a se desenvolver no Hawaii dos anos 40, com os professores de surf de Waikiki, conhecidos como Beachboys. Eles remavam em pé sobre as enormes pranchas de madeira naval como forma de acompanhar com maior amplitude os seus alunos nas ondas e para fotografá-los. Durante esse período não se pensava em produzir pranchas e remos para uma atividade esportiva em específico. Cada um criava seus equipamentos a sua maneira e diferentemente do surf que cresceu de forma exponencial, o SUP foi sendo praticado de maneira tímida por alguns havaianos que seguriam criando remos e pranchas de SUP. Entre eles John Zapotocky, o mais antigo praticante de SUP de que se tem notícia. E aqui cabe um parenteses: com 70 anos de SUP Surf  e 91 anos de idade, o eterno Beachboy e lenda viva do esporte, recentemente participou de um evento de SUP promovido pela C-4 (confira o vídeo no final da matéria) e emocionou a todos ao remar tranquilamente com seu SUP. 

O boom do Stand Up Paddle só iria acontecer no início dos anos 2000, quando um grupo de havaianos liderados por Laird Hamilton passou a produzir pranchas e remos específicos para SUP usando materiais inovadores como o EPS e a fibra de carbono e a aparecer com frequência nas praias havaianas, ora descendo ondas, ora fazendo travessias.

O havaiano Laird Hamilton foi um dos responsáveis pela primeira explosão do Stand Up Paddle
 
Vitor Marçal: provavelmente o primeiro a usar um SUP no Brasil
Como não poderia deixar de ser, o esporte chamou a atenção de alguns brasileiros que estavam nas ilhas, entre eles os big riders Haroldo Ambrosio, Jorge Pacelli e Vitor Marçal, este um respeitado salva vidas radicado em Oahu que, de férias no Brasil, a convite de Luis Gontier, o Pipo, proprietário da Gzero, foi provavelmente o primeiro brasileiro a remar em uma prancha feita para SUP em águas tupiniquins.

Entretanto, a novidade já corria de boca a boca por nosso litoral e alguns pioneiros começaram a se aventurar no novo esporte. Na base do improviso e da pesquisa, atletas como Murilo Brandi, Luiz Juquinha, Alessandro Matero, Remo Thilo, Jorge Pacelli, Jairo Pontes, Hilton Alves, Herbert Passos, Haroldo Ambrosio, entre outros, cada um a sua maneira, passou a praticar o esporte. Ou pelo menos a tentar. Haroldo por exemplo, usava uma prancha de long board no início. O número de adeptos começou a aumentar e shapers como Fábio Chati, Luiz Juquinha, Neco Carbone, Magno Matoso, Kaneca, entre outros, passaram a pesquisar mais a fundo e a produzir pranchas efetivamente de SUP; empresas como a Gzero e Art in Surf firmaram parcerias com shapers e também passaram importar  pranchas e remos com frequência. Ao passo que os primeiros remos em série passaram a ser produzidos inicialmente pelos fabricantes de remos para canoas havaianas.
 
Na Parte II dessa série você confere uma entrevista com Herbert Passos Neto. Jornalista, especialista em esportes de prancha e atual presidente da Associação Santos de Surf, Herbert, que foi a primeira pessoa a surfar de Stand Up Paddle em Santos, e um dos pioneiros no Brasil, nos conta sobre o início do esporte por aqui, as dificuldades para se encontrar material apropriado, estranhamento do crowd e ainda fala sobre aquilo que poderá ser considerada a pré história do SUP no Brasil... aguardem! Em breve no SUP CLUB.

Abaixo você confere um vídeo incrível produzido pela C-4 sobre a história de John Zapotocky contada por ele mesmo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Um encontro com o verdadeiro espirito Aloha

Uma foto que traduz a vibe que rolou durante o encontro: Rogério e Guilherme Cunha, pai e filho curtem a mesma onda

 O real significado de Aloha vai muito além do que dizer "alô" ou "adeus”. Aloha é compartilhar (alo) com a alegria (oha) da energia da vida (ha) no presente (alo)”.  
Vitor Marçal
 
Nesse crowd não teve espaço para egotrip
Quem compartilha essa energia se conecta ao Poder Divino que os havaianos chamam de mana. Os antigos polinésios dizem que aquele que compartilha esse Poder incrível com o coração aberto descobrirá o segredo para se obter saúde, felicidade, prosperidade e sucesso verdadeiros.  

Em meio à correria de nosso cotidiano, muitas vezes esquecemos que essa energia está ao alcance de todos. Daí a importância de eventos como o 2º Encontro de SUP Água Marinha / New Advance / Surf Store / Gzero Tech, realizado no último domingo, no canto do Ilha Porchat. Nada de mega estruturas ou estardalhaço, mas sim profissionalismo e principalmente a união de pessoas dispostas a se divertir.

Luciano "Lulu"
Numa manhã de alto astral, famílias, profissionais, amadores e iniciantes de Stand Up Paddle compartilharam da mesma maneira a vibe do dia. Surfando as divertidas valas que rolaram na praia do Itararé ou compartilhando uma bela remada ao redor da Ilha, desfrutando da belíssima paisagem da baia de Santos e São Vicente. Todos na mesma sintonia. Sem dúvida um belo exemplo de espírito Aloha.
Naldo Lima
 
O Sup Club parabeniza os organizadores que realizaram esse evento e principalmente a todos os supistas que compartilharam essa energia incrível. Esperamos novos encontros! Aloha!

Alessandro Matero
Nota do Blog: 'Água Marinha', um dos organizadores do evento, disponibilizou através de sua página no Facebook várias fotos do evento (parte dessas fotos ilustram essa matéria). Para ver todas basta procura-los nesse site de relaciomaneto.

Novíssima geração do SUP I: Guilherme Cunha
Novíssima geração do SUP II: Theo Viana

Novíssima geração do SUP III: Caroline Lima
Muito bem organizado, o evento disponibilizou frutas e água a todos os participantes

sábado, 20 de novembro de 2010

Entrevista Alexandre “Magrinho” Takeo

Alexandre “Magrinho” Takeo é natural de Santos, SP e desde 2005 vive em Ibiraquera, em SC, lugar que escolheu para morar por conta da qualidade de seus ventos e ondas. Atleta  bem conhecido no meio do Kite Surf, onde compete como profissional já há algum tempo, Magrinho vem ganhando destaque também no SUP, conseguindo boas colocações em competições de SUP surf e race. A vitória no trials do mundial de SUP em Santa Catarina lhe rendeu um convite para participar da última etapa, agora em dezembro na Big Island, Hawaii. Convite aceito e em boa hora – diga-se – uma vez que uma viagem ao ‘berço do surf’ já vinha sendo planejada desde o começo do ano. Serão quatro meses provando o melhor do ‘juice havaiano’ e treinando nos mais variados tipos de onda e vento com o objetivo de participar da temporada 2011, de kite e stand up paddle, na melhor das condições.

De malas prontas para o Hawaii, Alexandre Takeo respondeu a algumas perguntas do SUP CLUB. Confira abaixo.


SC – fale um pouco sobre o seu início com o SUP. O que te levou a se ‘aventurar’ também com esse brinquedo?
AT - Comecei a praticar stand up paddle para melhorar meu preparo físico e fui gostando cada vez mais do esporte.

SC – falando em começo, o que te levou a começar a competir de SUP?
AT - Rever os meus amigos,e poder evoluir mais a cada campeonato .Como um atleta profisional, isso é muito importante

SC – que tipo de prancha vc usa (larga, estreita,tamanho,etc) ? E remos?
AT - Uso as pranchas King com shape do Luiz Juquinha. Atualmente estou com duas que gosto muito: uma 8'4 e outra 8'7 estreita e fina .Remo uso um 100%carbono.

SC – Vc é conhecido por ser um cara dedicado nos treinos. Gostaria que vc falasse um pouco da sua rotina, como vc treina, como concilia o kite com o SUP e se faz algum trabalho paralelo tipo yoga, funcional, etc?
AT - Treino todo dia 4 horas. Se tem vento vou de kite, se não ventar vou de Sup. Além disso, faço uma hora de alongamento todo dia e  musculação três vezes por semana. Isso dá seis horas por dia. Quando não tem onda e nem vento, tiro um dia para descansar.
 
SC - Como está a cena de SUP ai em Ibiraquera? Tem muita gente praticando e mandando bem?
AT - Tem bastante gente praticando e o esporte por aqui ta crescendo muito, e tem bastante supistas mandando bem por aqui

SC – Como surgiu a oportunidade de ir para o Hawaii?
AT – Venho planejando desde o começo do ano nessa viagem. Foquei nisso desde o começo do ano.

SC - Que tipo de equipamento vc vai levar?
AT - 4 pranchas de sup ,2 kites e duas pranchas de kitewave

SC – gostaria de deixar alguma mensagem?
AT - Quero agradecer a Mormaii que esta me dando toda infra e ao Empresario Eduardo Nedef e a todos que torcem por mim "MUITO OBRIGADO" Alohaaaaaaaa!!!!!!!

SC - Valeu Magrinho, boa sorte! Aloha!


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

2º Encontro Água Marinha/New Advance/ Surfstore de Stand Up Paddle

Próximo domingo, a partir das 09h30, praticantes e interessados em SUP estão convidados para o 2º Encontro Água Marinha/New Advance/ Surfstore de Stand Up Paddle, que será realizado no Canto da Ilha Porchat, praia do Itararé, São Vicente. 

É uma grande oportunidade para confraternizar, trocar idéias e testar alguns models de SUP, já que a Surf Store fornece equipamentos para test drive. O evento contará com ótima estrutura, uma tenda com frutas, água e fotográfos profissionais captando as imagens da galera. Segundo os organizadores, as fotos estarão disponibilizadas posteriormente em suas respectivas páginas no Facebook e Orkut.

Sem dúvida uma ótima pedida para o domingão!

Maiores informações: 

Surf Store - 13 - 3227-9577

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ECO SUP - Saquinho de jornal para lixo

O praticante de stand up paddle é por essência - e vivência - um defensor do meio ambiente. Oceanos, rios e lagoas são nossa segunda casa e por isso sabemos que um dos maiores ‘inimigos’ desses ecossistemas são as sacolinhas plásticas. Mas como combatê-las? A diminuição de seu consumo já seria um belo começo...

Dessa forma, inauguramos nossa nova coluna chamada ECO SUP com algumas sugestões e alternativas ao uso mais comum das sacolinhas: o de saquinhos de lixo.

O texto abaixo é uma adaptação do original escrito pela ambientalista Juliana Valentini, criadora do saquinho de jornal que vocês irão conhecer logo abaixo. Ela também matém o blog  www.deverdecasa.com com sugestões super criativas que vão ajudar você a fazer a sua parte e viver de uma maneira mais sustentável.
 
O caminho muitas vezes é o mesmo: a sacolinha vai pro bueiro, de lá cai no córrego, que desagua no mar e, por fim, entra na cadeia alimentar  de tartarugas e outros animais

A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" de sacolinhas plásticas é a embalagem do lixo, afinal, precisamos de um recipiente descartável para colocar o lixo. Sendo assim, o primeiro passo seria optar por “Sacos de lixo Biodegradáveis” que são feitos com materiais orgânicos e de fibras vegetais e levam bem menos tempo para se degradarem no solo. Entretanto, esse tipo de plástico não é facilmente encontrado.

Além disso será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo?

Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa (da pia, do banheiro, do escritório). Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc.), pode ir direto para a lixeira sem proteção. 

No caso dos lixinhos da pia e do banheiro o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer. Leva 20 segundos. Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. 

.Veja passo a passo:

Tudo começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado

Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo, e mantenha sua base para baixo

Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda

Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar

Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda, e você terá essa figura

Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro
Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação
Se tudo deu certo, essa é a cara final da dobradura
Abrindo a parte de cima, eis o saquinho! É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Contagem regressiva para última etapa do Stand Up World Tour

Kai Lenny e Peyo Lizarazu prometem uma disputa eletrizante pelo título
A última etapa do primeiro circuito mundial de SUP Surf, "The Waterman League", está confirmadíssima vai rolar entre os dias 10 e 19 de dezembro, tendo como palco a praia de Honoli'i (Hilo Bay), na Big Island, no arquipélago havaiano.

O campeão mundial será conhecido nessa etapa

Kai Lenny, do Havaí e Peyo Lizarazu, da França, são os dois atletas com chances de vencer e prometem uma disputa eletrizante. Mas claro que a vida dos dois não será fácil e atletas como os havaianos Robin Johnston, Duane DeSoto e Ekolu Kalama, a lenda do Taiti Arsene Harehoe e os vencedores das etapas francesa - Antoine Delpero, autraliana -  Dave Muir, e brasileira - nossa "prata da casa" Leco Salazar, prometem dar muito trabalho.

Também  são apontados como forte candidatos a uma vaga na final da etapa os havaianos Kekoa Uemura, Aaron Napoleon (ambos tiveram excelentes resultados no Hawaii e Tahiti), Bonga Perkins e Ikaika Kalama, os taitianos Tama Audibert e Guillaume Bourligueux e Chris Bertish, da África do Sul.

A contagem regressiva já começou. Falta pouco mais um mês para conhecermos o primeiro campeão mundial de SUP Surf.  

Vencedor da etapa brasileira, Leco Salazar foi convidado para o evento
 
Mais informações pelo site: http://www.standupworldtour.com/

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Revista Go Outside nº66 destaca o crescimento do SUP no Brasil


Em matéria de Maria Clara Vergueiro, a revista conversa com várias pessoas envolvidas no esporte para destacar o crescimendo do SUP no Brasil, que ganha força e faz a transição de tendência para esporte consolidado, com muitos praticantes, campeonatos e associações. A força do SUP brasileiro já reconhecida, inclusive, pela mídia especializada de outros países, como a americana "Stand Up Paddle", que aponta o Brasil como forte candidato à potência do esporte, tendo em vista a qualidade das pranchas produzidas aqui e o desempenho de atletas que despontam no cenário internacional como Alessandro Matero, 5º lugar na categoria 14'/30-39 anos, no último 'Battle of the Paddle' (a mais tradicional prova de remada do mundo) e Leco Salazar, campeão da etapa catarinense do circuito mundial de SUP Surf nesse ano. 

Leco Salazar ganhou a etapa do mundial e mostrou a força do SUP surf brasileiro.
O desempenho de Alessandro Matero na 'Battle of the Paddle' impressionou os gringos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

SUP Race: Solo Makano vai agitar Floripa esse fim de semana

Trajetos da prova

Solo Makano, prova de Sup Race e Canoa Havaiana (válida pelo circuito brasileiro), acontecerá no próximo final de semana, dias 13 e 14, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis.
Serão dois trajetos - 10 e 30 Km - nas categorias "short" (pranchas até 10 pés), "long" (pranchas até 12 pés), "race" (pranchas até 12 pés) e "cross" (livre), masculino e feminino. Além da confraternização com a galera, uma remada na Lagoa é sempre uma boa pedida! Maiores informações com Magno Matozo (48) 9112 0409.

sábado, 6 de novembro de 2010

SUP, alaia ou pranchinha? O importante é o prazer que você tem com o surf!

Kamu Auwae, vencedor da SUP


Após a vitória de Duane DeSoto  no ASP World Longboard Championship, realizado na praia de Makaha, Hawaii, a Oxbow, patrocinadora do evento, promoveu um evento diferente, o ‘Wave Sliders’, onde 16 competidores convidados disputaram em  três modalidades de surf: SUP, Alaia e Short Board, com uma premiação de US$ 1000 para o vencedor de cada categoria. 

Alaia: para muitos a forma mais pura de se surfar

Sem regras e sem condições,  a idéia foi criar uma atmosfera de ‘free surf’, mais descontraída dentro da água, deixando os competidores  livres da pressão que rola em competições convencionais, podendo assim  ser  eles mesmos.  Após a sessão, foram os próprios comptidores quem decidiram quem teve a melhor atuação.

Em ondas de 2 a 3 pés com boa formação, os compedidores deram o seu melhor e garantiram um belo espetáculo. Os locais havaianos fizeram bonito e levarm nas três categorias. Kamu Auwae ganhou na SUP, Bobby  Fernandez e Jackson Kyne empataram em primeiro categoria Alaia e Brian Pachaco venceu de forma convincente a sessão de pranchinha.

Os vencedores das três categorias
O brasileiro Eduardo Bagé
Esse evento possibilitou mostrar ao público uma outra  visão sobre o surf e seu lado mais lúdico e puro.  A missão cumprida e todos sairam felizes de Makaha, no melhor espirito Aloha e com pelo menos uma certeza: seja qual for a maneira de correr ondas escolhida, o mais importante é o prazer que você tem com o surf!

Abaixo, o vídeo do evento:



Saiba mais em: http://www.oxbowavesliders.com/



terça-feira, 2 de novembro de 2010

SUP DOC: dores no ombro




Se você pratica SUP há algum tempo é muito provavel  que em algum momento tenha sentido dores em seus ombros pelo menos uma ou duas vezes e talvez até mesmo tenha ficado fora da água por alguns dias para se recuperar.

Alguns dos motivos mais comuns que podem levar o praticante de SUP a sentir dores nos ombros são a falta de aquecimento antes da prática, falta de alongamento após a prática,  o uso de um remo de tamanho errado, má técnica, esforço repetitivo e excesso de uso - ou combinação de dois ou mais casos.

Qualquer uma dessa atividades  pode causar inflamação no ombro, pois quando um músculo ou tendão é forçado além do seu limite lesões microscópicas irão ocorrer. A inflamação é na verdade uma parte normal do processo de cura. No entanto, se o músculo ou o tendão não consegue tempo suficiente para curar antes que seja submetido à mesma atividade, a inflamação pode se tornar crônica e causar danos progressivos para os tecidos.

A atividade da remada gera um atrito entre os tendões e músculos do ombro que pode evoluir para a irritação e inflamação, mais conhecida como tendinite do manguito rotador ou tendonosis. Além disso, esse movimento pode comprimir a bolsa sub-acromial, um saco contendo uma pequena quantidade de líquido lubrificante, que está entre os músculos e tendões do ombro, na parte frontal, causando o problema conhecido bursite.

Por isso, fique atento aos primeiros sinais de dores contínuas em seus ombros e veja se não está cometendo alguma das falhas acima descritas, principalmente se está com o equipamento certo e não se esqueça de se aquecer (que é diferente de se alongar) sempre antes de praticar SUP. O Aquecimento é um dos aspectos mais importantes, pois atua na transição do organismo do estado de repouso para a atividade.

Atividades paralelas como Yoga, Ginástica Funcional e Surf Treino são muito boas para um trabalho de fortalecimento e claro: converse com um ortopedista.