quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Stand Up Paddle em água doce - parte II: rios e lagos no Brasil

Competição de cross SUP em Brasília. Foto: supembrasilia.com.br

O Brasil abriga cerca de 16% de toda água doce do mundo. Um enorme potencial ainda pouco explorado pelos praticantes de SUP.

Levando-se em consideração a quantidade de rios e lagos que o país tem, o SUP em água doce tem muito para crescer por aqui. É verdade que seu crescimento no interior do país ainda é tímido se comparado com o que acontece nos EUA e Europa. Porém, já existem alguns pólos de desenvolvimento do esporte em regiões com boa oferta de rios e lagos.


Schmitz faz SUP Surf em Brasília. Foto: supsurfbrasilia.blogspot.com
Brasília é atualmente a cidade onde há o maior número de praticantes de SUP em água doce. Encontros e campeonatos são realizados com certa freqüência e há, inclusive, campeonatos de SUP Surf em ondas geradas por lanchas, aos moldes do wakesurf. Grande parte das atividades é concentrada no Lago Paranoá, que banha a cidade, mas explorações em rios e corredeiras da região também ocorrem, mas dependem muitas vezes da autorização de fazendeiros, uma vez que certos trajetos estão dentro de propriedades particulares. 

É certo que o SUP em água doce está em um estágio avançado no Distrito Federal, porém, essa modalidade de SUP não está restrita a essa cidade. O esporte vai, pouco a pouco, crescendo pelo interior do país. Novos praticantes começam a surgir em Minas Gerais e Mato Grosso, este um estado com enorme potencial natural que vem sendo explorado há um certo tempo por canoístas e que começa a ser explorado pela galera do SUP. O big rider carioca Rodrigo Resende, no final do ano passado, gravou um quadro para o programa Esporte Espetacular, da rede Globo, descendo corredeiras em Mato Grosso a bordo de um SUP (tema de matéria no SUP CLUB confira! ) mostrando ao Brasil o grande potencial do estado.  

MT: futuro? Foto:kaiakcelulaonline.com.br
“Em 2010, foi criada a primeira associação de SUP do Amazonas”

Expedições dessa natureza normalmente são realizadas por atletas de outras partes do Brasil ou por estrangeiros, entretanto, no caso do SUP, estados sem tradição em boardsports começam a revelar seus próprios praticantes. Em Manaus, por exemplo, foi criada, em julho de 2010, a primeira associação de Stand Up Paddle do estado do Amazonas, a Amazon Stand Up Paddle.

Se Brasília é a capital, o Rio Grande do Sul é possivelmente o estado com maior número de praticantes de SUP em água doce do Brasil.  Além da grande quantidade de rios e lagos, lá se encontra também a maior laguna do Brasil, a Lagoa dos Patos, que oferece uma agradável remada em suas águas calmas. E, ainda, em seu encontro com o mar é possível praticar SUP Surf na praia do Cassino. A galera do SUP da região realiza com certa regularidade travessias em noites de lua cheia pela lagoa, com direito a churrasco em ilhas nas proximidades. A capital do estado, Porto Alegre, banhada pelo rio Guaíba, possui uma orla fluvial de 72km, onde praticantes de Stand Up Paddle podem ser vistos com certa regularidade. Praticantes de SUP também são encontrados remando pelos rios, lagoas e corredeiras que atravessam cidades como São Leopoldo, Tramandaí, São Francisco de Paula e Rio Grande. 

'SUPer' em rio da cidade de São Leopoldo. No RS o River SUP tem força. Foto: supsurf.com.br
 
Na parte III dessa série você confere o perfil de André Torelly, pioneiro e um dos maiores especialistas em Stand Up Paddle em água doce e corredeiras do Brasil. Em breve em SUPCLUB.com.br!

Agradecimentos especiais a Gustavo (supsurf.com.br)

Confira a primeira parte da série sobre SUP em água doce

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